sexta-feira, 13 de maio de 2011

De pé

Em pé estavamos quando...
De medo fez-se o tempo
De tempo fez-se o mundo
De mundo fizeram a nós

Já não tínhamos olhos
Éramos braços e cintura
Ou pequenas auréolas aladas

Mas de pé aqui ficamos
Quando só nos restam pernas
Quando as lágrimas já não bastam
Quando é pelos olhos que clamamos

3 comentários:

  1. Observando sua poesia, vejo que você escreve numa linha mais instintiva e intuitiva que intimista, o que bom, por não se desdobrar nas lucubrações interiores sem os achados metafísicos característicoss nesse tipo de escrita. Intuição não falta, apenas como conselho diria que poderia cultivar apropriadamente a técnica para que nas suas meditações acrescente ainda mais em poesia o que em nódulo poético faz surgir. Beijos e saudações (muitas saudades hein!), de Claudio.

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  2. Amigo, a muito não nos falamos. Saudades de seus conselhos plenos de consciência. Até mais.

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  3. Amigo, a muito não nos falamos. Saudades de seus conselhos plenos de consciência. Até mais.

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